08 julho 2010

Investigadores descobrem anticorpos que abrem caminho a vacina contra a sida


Mais de um quarto de século sobre a identificação do VIH responsável por cerca de 30 milhões de mortos, a procura de uma vacina contra a infeção ainda não foi bem sucedida, apesar do esforço da comunidade científica internacional.



De acordo com os autores do trabalho que será publicado amanhã, os dois anticorpos descobertos -- VRCO1 e VRCO2 -- mostraram um elevado potencial a impedir a infecção de células humanas para cerca de 90 por cento das variedades de VIH em circulação.



Os investigadores demonstraram igualmente o mecanismo biológico pelo qual os anticorpos bloqueiam o vírus.



“A descoberta destes antigenes com poderes excepcionais na neutralização do VIH e a análise à forma como eles operam representam avanços que vão acelerar os nossos esforços para descobrir uma vacina capaz de proteger de forma abrangente contra o vírus da sida”, congratulou-se Anthony Fauci, director do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano, que co-dirigiu as equipas de investigação.



Num comunicado citado pela agência noticiosa AFP, o responsável salientou que a técnica usada pelas equipas de investigação para descobrir estes anticorpos “representa uma nova forma de abordagem que pode ser aplicada à concepção ou ao desenvolvimento de vacinas contra outras doenças infecciosas”.



Os virologistas descobriram estes anticorpos produzidos naturalmente pelo organismo no sangue de um seropositivo. Conseguiram depois isolá-los através de um novo instrumento molecular.



Após esta descoberta, os investigadores começaram a desenvolver os componentes de uma vacina que pode ensinar o sistema imunitário humano a produzir grandes quantidades de anticorpos semelhantes aos anticorpos VRCO1 e VCRO2.

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