28 junho 2010

NOVE MILHÕES PARA OS GESTORES DE HOSPITAIS

O erário público gastou, em 2009, mais de nove milhões de euros nas remunerações e regalias pagas aos membros dos conselhos de administração da maioria dos hospitais de gestão empresarial (EPE), segundo dados fornecidos pelas próprias entidades à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, a que o CM teve acesso. Os gastos motivaram a auditoria da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde a 300 gestores no início do ano. Só a título de exemplo, a administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – que integra os hospitais de Vila Real, Chaves, Lamego e Peso da Régua – gastou mais de 599 mil euros em 2009, divididos pelo presidente, directora clínica, enfermeiro-director e quatro vogais. Um dos vogais desse conselho de administração acumulou com o salário anual, de 67 mil euros, 14.834 euros em horas extras. Além do pagamento de remunerações, a verba engloba despesas de representação, telefones, combustível e compra de viaturas. O presidente e os três vogais do conselho do Hospital de São João gastaram, no ano passado, mais de 15 mil euros na utilização de telefones. O salário mensal de um presidente do conselho de administração ronda os cerca de 5500 euros, sem contar com as despesas de representação, que podem ascender aos dois mil euros por mês. A remuneração dos vogais é ligeiramente mais baixa.


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